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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

FORMAÇÃO - DONS E CARIMAS DE SERVIÇO

Intercessão: Dons e Carismas de Serviço

Peter Thompson
Em todo o mundo, literalmente, milhões de católicos e um grande número de cristãos de outras comunidades eclesiais já experimentaram o Batismo no Espírito Santo, com a manifestação dos carismas e dons espirituais, tanto comuns como extraordinários, que o acompanham.
No século passado, a consciência desses dons e carismas vem mais uma vez à tona na vida quotidiana da Igreja. A linguagem da Igreja tem cada vez mais incluído palavras que refletem um entendimento mais profundo dessas verdades constantes, e como usamos esses dons do Espírito para o bem comum e para a edificação do corpo. Em outras palavras, a serviço do povo de Deus.
Em cada um dos quatro Evangelhos, as palavras de São João Batista são lembradas. São João disse que Aquele que viria após ele "Vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3, 11; Mc 1, 8; Lc 3, 16; Jo 1, 33). Esta grande promessa é uma característica central dos Evangelhos. Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho de Deus, prometeu capacitar seus seguidores de todos os tempos com o poder do Espírito Santo, a fim de viver o Evangelho e espalhar a boa nova em todo o mundo.
Como Jesus usou os dons
Um bom lugar para começar a entender o uso dos dons e carismas de serviço é ler, em oração, cada um dos quatro Evangelhos e absorver em nosso próprio ser as maneiras como Jesus, cheio do Espírito Santo, usou esse poder a serviço do povo de Deus. À medida que viramos as páginas, somos confrontados com este poder de Deus sendo usado para a glória de Deus e para a edificação do povo de Deus.
Servir e satisfazer as suas necessidades
Inspirado pelo Espírito Santo, os escritores dos Evangelhos deixaram-nos um relato completo do ministério público de Jesus. Alguns dos milagres que Cristo realizou são registrados por nós, e podem nos ensinar muito. A uma palavra de sua mãe (João 2, 3), Jesus responde a uma necessidade bem prática: o vinho terminou e Ele faz um milagre, transformando a água em um vinho muito delicioso, de modo que todos os convidados do casamento pudessem beber à saúde e ao bem-estar do casal recém-casado.
Que ato profundo de amor e serviço! Nós, em nossa sabedoria humana, poderíamos pensar a respeito dessa necessidade por mais vinho como uma questão de pouca importância quando comparada às grandes necessidades do mundo. No entanto, Cristo, em seu grande amor, deseja nos ajudar não apenas em tempos de grandes crises, mas também nos eventos comuns que ocorrem em nossa vida diária.
Há relatos repetidos de Jesus curando doenças como a lepra, três relatos de mortos sendo ressuscitados. Os cegos, surdos, mudos, paralíticos e aflitos são curados. Os possuídos pelo demônio são libertados e a boa nova é proclamada com grande poder. Tudo isto é feito com amor e para a glória de Deus Pai.
Em João 11, Jesus nos diz que a ressurreição de Lázaro é para a glória de Deus. "Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus”. João 11, 4.
Jesus, em Seu grande amor, nos promete o Espírito Santo para que possamos ser usados por Deus para a Sua glória e para amar e cuidar de Seus filhos. Jesus nos diz: "Não vos deixarei órfãos” (Jo 14, 18). Em Jo 16, 7, Ele nos diz que nos enviará o Paráclito.
Como os apóstolos usaram os dons
Quando saímos dos Evangelhos para os Atos dos Apóstolos, vemos o cumprimento desta promessa com os Apóstolos e discípulos manifestando as obras que Jesus fez. Curando os enfermos, libertado os possuídos pelo demônio, ressuscitando os mortos, proclamando o Evangelho com poder, tudo sendo feito com amor, a serviço de Deus e para a glória de Deus. Na primeira cura milagrosa registrada em Atos, Capítulo 3, São Pedro não direciona a glória para si mesmo, mas aponta para Jesus. Atos 3, 12 diz: "Homens de Israel, por que vos admirais assim? Ou por que fitais os olhos em nós, como se por nossa própria virtude ou piedade tivéssemos feito este homem andar? ... Em virtude da fé em Seu nome foi que esse mesmo nome consolidou este homem, que vedes e conheceis”.
Não admira que a Santa Madre Igreja, a cada ano, no seu calendário litúrgico, faz-nos refletir sobre os Atos dos Apóstolos entre a Páscoa e Pentecostes. Quando ouvimos estas palavras novamente sendo proclamadas na celebração da Eucaristia, ouvimos como os apóstolos usaram os carismas que receberam em Pentecostes.
Nós também somos exortados a utilizá-los da mesma forma como fizeram, imitando-os como eles imitaram Jesus Cristo. Em I Cor 11, 1, São Paulo diz: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. Em I Cor 13, uma das passagens mais conhecidas das Escrituras, somos lembrados de que todos estes carismas devem ser usados com amor, a serviço do povo de Deus. Caso contrário, seremos apenas como um címbalo que retine e um obstáculo ao Evangelho. Se usados para a nossa própria glória, Deus não pode abençoar-nos. Embora, por amor ao Seu povo Ele escolha curar através de nós, o julgamento será severo.
Basta olhar para Atos 8, onde Simão, o mago, deseja comprar o poder do Espírito Santo. As palavras de São Pedro ressoam em nossos ouvidos. "Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro!" (Atos 8, 20).
Simão, o mago, terminou como um herege gnóstico. Até este dia, o pecado de Simão tem o seu nome.
Como devemos usar os dons
No Catecismo da Igreja Católica, o № 2003 conclui: “Seja qual for o seu caráter, às vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas se ordenam à graça santificante, e tem como meta o bem comum da Igreja. Acham-se a serviço da caridade, que edifica a Igreja”.
Devemos, portanto, estar sempre conscientes de nossas próprias motivações pessoais quando buscamos ser usados por Deus no uso desses dons e carismas. Cada um de nós está sujeito à nossa natureza caída, à nossa concupiscência. Há o perigo do orgulho e do auto-engrandecimento quando somos usados por Deus, portanto devemos, como os Apóstolos, concentrar os nossos agradecimentos a Deus e dar a Ele a glória. Somos vulneráveis à sedução de orgulho; por isso, é de vital importância permanecermos humildes de coração e mente, mas alegrando-nos pelo fato de que Deus, em Seu amor e misericórdia por seus filhos, voluntariamente nos usa para curar os doentes, encorajar os desanimados, proclamar o evangelho, libertar os cativos e fazer as obras de Deus.
Lembro-me dos bons conselhos que o sacerdote de nossa missão na África Ocidental nos deu.
Durante a missa de abertura, ele lembrou a todos nós de nossa equipe que éramos inúteis e que precisávamos manter os nossos olhos fixos em Jesus. Nós veríamos o poder de Deus se manifestando e deveríamos nos manter perto de Jesus. Fui enviado antes da equipe principal para preparar o caminho com outro irmão em Cristo. Chegamos e descobrimos que deveríamos falar para uma multidão de mais de 5000 pessoas naquela noite.
Após as palestras, a dança e os mini dramas, fomos convidados para ministrar ao povo. Havia pais segurando crianças doentes, implorando pela mão curadora de Jesus. Em pânico, senti-me totalmente inútil. (Eu era inútil). Esqueci totalmente a instrução que eu havia ouvido naquela manhã. "Mantenha seus olhos em Jesus." Fugi da multidão e quando estava sozinho em meu quarto, falando com Jesus, confessei a minha falta de confiança Nele. Eu estraguei tudo, Senhor! Sim, meu filho, mas vou dar-lhe muitas outras oportunidades. Foi uma lição aprendida, mas ela me ajudou a lembrar que eu sou apenas um pequeno instrumento nas mãos de Deus e que Ele pode me usar da maneira que desejar. Tudo para glória de Deus e a serviço do amor ao Seu povo, quando ou onde quer que Ele escolha.
“Empenhai-vos em procurar a caridade. Aspirai igualmente aos dons espirituais”. I Cor 14, 1
Concluindo, embora percebamos nossa fraqueza e fragilidade e nossa tendência ao pecado, não devemos rejeitar os dons, mas abraçá-los com alegria, sabendo que a graça de Deus está lá para nos purificar no uso de Seus dons. Em Romanos 12, 6-8, Paulo nos instrui:
"Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a fé. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade”.
Fonte: RCC Brasil
O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO
- “O intercessor não é aquele que somente faz à Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.”
Escrever sobre o ministério de intercessão é, para mim, uma grande alegria, dado que nutro um grande amor a este ministério, que acredito ser o sustentáculo das grandes obras que Deus realiza no meio do seu povo. Este ministério é como o alicerce de um grande edifício, que não é viso nem admirado, mas sem o qual o edifício não poderia erguer-se.
Eu creio que este artigo será de grande esclarecimento e importância para todos os que lideram comunidades e desempenham este ministério dentro do trabalho que o Senhor os chama a realizar.
Leia este artigo com o desejo de que o Espírito Santo venha revelar no seu coração as verdades mais profundas, porque muito mais do que aqui está escrito o Senhor tem a falar no seu coração.
O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO
Quando, há algum tempo atrás, eu comecei a questionar o que era o ministério, eu pedi ao Senhor que me esclarecesse verdadeiramente o que é da sua vontade no que se refere a ministério na espiritualidade da Renovação Carismática. O Senhor me fez entender primeiramente que há uma diferença muito grande entre dom e ministério, coisa que muitas pessoas confundem bastante.
Possuir um ministério do Senhor não é a mesma coisa que receber um dom do Espírito Santo. Para que recebamos os dons do Espírito Santo, nós precisamos ser abertos às moções e inspirações que este Espírito suscita em nós. Para possuirmos um ministério do Senhor, é preciso que este nos seja dado por Jesus que deseja que nós desempenhamos uma missão especial em seu Nome.
Em I Cor 12,4-5 encontramos o seguinte texto: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo”. Refletindo sobre este texto vamos entender que os dons são manifestações do Espírito para proveito da comunidade, naquele momento de necessidade, enquanto que o ministério é algo dado pelo Senhor Jesus, que envia os seus discípulos a desempenhar missões; missões estas que são bem específicas dentro do seu corpo, que é sua Igreja.
Quando estamos reunidos em nossas comunidades, grupos de oração, grupos de partilha, etc. no momento que oramos, precisamos e devemos estar abertos às moções do Espírito Santo que pode naquele momento estar desejando que profetizemos, ou que digamos uma palavra de ciência para a cura interior de alguém do grupo. Mas, tão somente porque alguém esteve aberto a estes dons, não implica dizer que ele tenha o ministério de profetizar, ou o ministério de cura interior.
Em Jer 1,5 vamos encontrar um trecho que nos esclarece muito mais a cerca da diferença entre o Dom e o ministério: “O Senhor disse a Jeremias: ‘Antes mesmo de te formar no ventre de tua mãe, eu te conheci, antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações’”. E é isso o ministério carismático. O Senhor desde toda eternidade já conhecia Jeremias, desde toda eternidade também já o havia consagrado ao ministério da profecia. Observemos que Jeremias era ungido e enviado pelo Senhor a ser profeta, não como um dom que iria se manifestar através dele numa hora de necessidade, mas como ministeriado. Era pelo serviço dele no ministério profético que iria ser reconhecido no meio do povo como homem de Deus. Porém, se formos ler a profecia de Jeremias na Bíblia, vamos encontrar este profeta, por várias vezes, usando os dons do Espírito Santo para bem desempenhar o seu ministério.
Um pequeno trecho que melhor ilustra este fato encontramos em I Reis 19,19-21 e II Reis 2,15 quando o profeta Elias unge Eliseu para que ele exerça o ministério da profecia no seu lugar. No exercício do ministério profético, Eliseu utiliza os dons de milagres (II Reis 2,19) e cura (II Reis 5,1-15), mas o seu ministério é o de Profecia, que para melhor ser desempenhado precisa da graça do Espírito Santo através dos seus dons.
Assim sendo, o ministério de intercessão é um ministério que o Senhor dá a algumas pessoas a fim de que estas possam ser intercessoras pelas causas do Reino de Deus. As pessoas que exercem este ministério são escolhidas, eleitas, como foi o profeta Jeremias (Jr 1,5), antes que no seio materno fosse formado.
Este ministério de intercessão, como os outros ministérios do Senhor, está dentro do seu coração e o Senhor abençoa aqueles que ele são chamados com todas as bençãos necessárias para o seu bom desempenho.
QUEM É O INTERCESSOR
A palavra interceder significa “colocar-se entre”, ou seja, o intercessor e aquele que se coloca entre aquele que pode dar e aquele que deseja receber. No caso do ministério de intercessão, o intercessor é aquele que se encontra entre Deus Pai e a sua criação. Ele é como um advogado no Reino de Deus, um advogado de defesa, que defende as causas do Reino.
Na Bíblia, vamos encontrar muitos personagens com características de intercessores e exercendo fielmente este papel. Em Ex 34, 8-9 vamos encontrar Moisés intercedendo pelo povo de Israel: “Moisés inclinou-se incontinente até à terra e prostrou-se dizendo> ‘Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai-nos as nossas iniquidades e nossos pecados e aceitai-nos como propriedade vossa’”. O povo de Israel havia cometido o grande pecado de adorar o bezerro de ouro, proclamando-o seu Deus. Sabendo disso, Moisés, como escolhido, chamado, eleito por Deus para dirigir seu povo, diz para o Senhor assim: “Senhor, se tenho vosso favor...”. Esta oração de Moisés não tem mais sentido para nós próprios, mas pedimos em nome de Jesus e a oração dos intercessores é assim: “Senhor, em nome de Jesus, que tem o teu favor, concede-me...”
Como Moisés, hoje em nosso grupos precisamos ser esses intercessores que se colocam aos pés de Deus a fim de interceder pelo povo pecador. Nossos grupos, nossas comunidades necessitam urgentemente dessas sentinelas que estejam a colocar-se entre Deus e a sua Igreja pecadora.
O intercessor não é aquele que somente faz a Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.
O intercessor apropria-se das palavras da Escritura que trazem as promessas de salvação e restauração. Ele conhece o Senhor pela oração e pela Escritura e é aí que está o segredo dessa intimidade entre Deus e o intercessor; intimidade esta que faz com que todos os pedidos dos intercessores atinjam o coração de Deus, pois são feitos por meio de Cristo Jesus para glória de Deus Pai.
INTERCESSÃO, UM MINISTÉRIO DE CONSOLAÇÃO
No Evangelho de São João 12,1-12 vamos nos deparar com um jantar, na cidade de Betânia, na casa de Lázaro, Marta e Maria. Este trecho vem nos mostrar o episódio em que Maria tem um perfume de nardo puro e derrama aos pés de Jesus. Ora, Maria tinha o coração inflamado de amor por Jesus, e no seu amor insensato, eufórico, ela desejava consolar o coração de Jesus que já se encontrava triste por sua paixão que se aproximava.
Os convidados não foram capazes de entender a atitude de Maria e se limitaram a simplesmente criticar sua atitude, por causa do estrago que ela fazia em derramar aquele perfume, pois o mesmo poderia ser vendido e o dinheiro poderia ser aplicado em algo mais valioso do que os pobres pés cansados e calejados de Jesus. Mas para Maria não era assim. Ela amava Jesus e o amor fazia com que ela ficasse na expectativa das necessidades de Jesus e por isso, derramar o nardo puríssimo e preciosíssimo aos seus pés era o que de mais coerente ela poderia fazer, pois ela sabia que, com aquele gesto de amor, consolaria o coração do Senhor.
E isso é intercessão. Nesta fase da vida de Jesus, nada agradou tanto o coração do Pai como a atitude de Maria, pois ela se colocava entre o coração dolorido do Pai, por ter que cumprir seu plano de Salvação em Jesus, e o povo pecador que não merecia esta salvação. Maria através de sua intercessão, mostrou aos céus que a entrega de Jesus valeria a pena para a humanidade, pois tudo o que ela fazia era mostrar o seu amor a Jesus. E Deus retribui todo esse amor a Maria, pois a intercessores como ela o Pai nada lhes nega.
São esses intercessores, que estão muito mais preocupados com Jesus do que com os problemas, que verdadeiramente conhecem seu coração aflito e consola-o, e só lhe dirigem preces que entram em profundo acordo com a sua vontade.
Os verdadeiros intercessores precisam deixar os seus corações inflamarem-se por este amor que deixa-os totalmente dependentes de Jesus e na expectativa de seus desejos.
Em nossos grupos, comunidades, precisam urgentemente aparecer novas Marias de Betânia que fiquem aos pés de Jesus para lhes consolar o coração e se coloquem aos pés da cruz, ao lado de Maria Santíssima, vítimas de expiação juntos com Jesus sofredor, pelos pecados do mundo inteiro.
Foi isso que pessoas como Santa Margarida Maria Alacoque, Irmã Faustina, Santa Terezinha do Menino Jesus e muitos outros santos da Igreja entenderam e por isso foram grandes intercessores pelas causas do Reino.
O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NA BÍBLIA.
O livro do Gênesis nos mostra Abraão, que se coloca como intercessor entre Deus e os habitantes de uma cidade que deveria ser destruída por causa de seus pecados. Em Gn 18,16-33 lemos: “Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma, e Abraão os ia acompanhando. O Senhor disse então: Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? (...) os homens partiram, pois, na direção de Sodoma, enquanto Abraão ficou em presença do Senhor. Abraão aproximou-se e disse: Fareis o justo perecer com o ímpio? Talvez haja cinqüenta justos na cidade: fá-los hei perecer? Não perdoareis a cidade, em atenção aos cinqüenta justos que nela podereis encontrar? Não, vós não podereis agir assim, matando o justo com o ímpio! Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o Juiz de toda a terra a Justiça? O Senhor disse: Se eu encontrar em Sodoma cinqüenta justos, perdoarei a toda a cidade em atenção a eles. Abraão continuou: Não leveis a mal, se ainda ouso falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza. Se porventura faltar cinco aos cinqüenta justos (...) Abraão replicou: Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez: Que será se lá forem achados dez? E Deus respondeu: Não a destruirei por causa desses dez. E o Senhor retirou-se, depois de ter falado com Abraão, e este voltou para a sua casa. ”
Tomado a posição de intercessor do povo na qual Abraão se colocou, ressaltamos, com este texto, uma característica no relacionamento entre Abraão e Deus: Eles eram íntimos. Deus havia tomado a decisão de destruir Sodoma, por causa do seu pecado e Ele sentiu a necessidade de que Abraão soubesse disso. Ao saber disso Abraão conversa com Deus através da intercessão, coloca aquilo que ele sente, argumenta e deixa a decisão final para Deus.
É assim, como Abraão, que os intercessores de hoje devem agir. Primeiramente devem estar na escuta de Deus que a qualquer momento vai lhes falar, para lhes comunicar suas decisões.
Isso acontece num ato de profundo amor de Deus para o homem. Ele suscita ao homem a interpelar diante dele como imagem de seu Filho Jesus na cruz que se coloca entre o céu e a terra, entre Deus e a humanidade. E o intercessor carismático, ao argumentar, diante do Pai amoroso, por seu povo amado, deixa-se levar pela oração intercessora que toca o mais profundo do seu amor e assim Ele cede deixando-se levar por sua misericórdia, impulsionado pelo seu grande amor.
Outra características dos intercessores é buscar os interesses do Pai, a exemplo de Abraão que diz: “Não fará justiça o juiz de toda a terra?”. E se caminharmos através da Bíblia veremos em Gn 20,3-7 e Gn 20,17 como Abraão se colocou como intercessor e poderemos, espelhados nele, fazer crescer o nosso ministério. É no livro do êxodo onde vamos encontrar o verdadeiro ministério de intercessão na pessoa carismática de Moisés. Moisés é o amigo íntimo de Deus. Trazia em si a fundamental característica do intercessor, que é esta intimidade. Ele encarna em si todas as característica que são natas, essenciais e vitais ao intercessor. Moisés é conhecido por argumentar diante de Deus em favor de seu povo, porque amava a Deus e conhecia o seu amor. Moisés acalmava o coração ferido de Deus e por isso confortava-lhe. Em Ex 32,33 e 34 é que vamos encontrar o ponto alto onde todas as características que mencionamos acima vão se evidenciar.
Como fez com Abraão, o Senhor confidencia a Moisés, pois esta é a sua maneira de conversar com os intercessores.
Quando Deus compartilha as dores de seu coração com seu escolhido (o intercessor), o que este pode fazer é transbordar o seu amor pelo Pai e, através da adoração, consolá-lo. Esta é a plenitude do relacionamento carismático do intercessor com Deus. E é neste relacionamento que o intercessor vai aplacar o coração ferido de Deus.
Em Ex 32,1-14 vamos presenciar o episódio onde Moisés, no Monte Sinai, se encontra com Deus. Devido a insegurança do deserto e a sua própria fraqueza carnal, o povo já não vê Moisés, nem a imagem de Deus que ele transmitia para aquele povo tão frágil. Por causa disso, o povo constrói um bezerro de ouro, o proclama Deus e o adora. O coração de Deus ficou em profunda ferida. O seu povo amado estava em adultério e o havia abandonado. E é neste momento que o Senhor fala com Moisés, que nada sabia do que estava acontecendo, e diz: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste sair da terra do Egito, perverteu-se. Depressa se desviou do caminho que eu lhes havia ordenado... Tenho visto a este povo: é um povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma e farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, suplicou a Iahweh seu Deus e disse: Por que, ó Iahweh, se acende a tua ira contra teu povo, que fizeste sair do Egito?... Por que os egípcios haveriam de dizer: Ele os fez sair com engano?... Abranda o furor da tua ira e renuncia ao castigo com o qual havia ameaçado o povo”.
É incrível vermos num texto, de maneira tão certa, a concretização de tudo quanto nos inspira o Espírito Santo a falar acerca do intercessor. É maravilhoso vermos o poder de Deus agindo tão fortemente através da oração de intercessão. Ainda podemos aprofundar a nossa compreensão sobre ministério de intercessão em textos como Ex 32,30-35; Ex 33,13-17 e Ex 34,8-10, e meditando com eles o Senhor nos levará ao entendimento profundo da intimidade dele com o intercessor.
No livro do profeta Isaías, nós encontramos textos que nos farão compreender profundamente o ministério de intercessão. Em Is 62,6 vemos: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, postei guardas; eles não se calarão nem de dia, nem de noite”. Vemos neste texto que é um desejo do coração de Deus, e mais que um desejo é uma promessa, que não faltará aos seus escolhidos (pessoas e obras), intercessores, sentinelas que jamais se calarão. São esses os intercessores que o Senhor deseja, homens que não descansem e nem dêem a Ele descanso “até que se estabeleça Jerusalém”.
É uma outra característica forte do intercessor. Ele não desiste facilmente e se apóia firmemente nas promessas do próprio Deus, naquilo que Ele próprio prometera.
No livro do profeta Ezequiel, o Senhor se queixa e o seu coração se encontra muito triste por não ter encontrado um só intercessor, como vemos: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém, achei”.
Por isso se faz urgente em nossos grupos, comunidades, etc, que surjam intercessores para tapar as brechas do que são os pecados e as fraquezas de seu povo. Não são os grupos, as comunidades que clamam por intercessores, mas é Deus quem os procura, ansiosamente. É ele quem os quer, quem os deseja.
Para você que lê este artigo, no seu grupo, na sua comunidade, você não pode mais deixar o Senhor esperar. Forme, anime o ministério de intercessão e a voz do Senhor se fará ouvir com muito maior constância e as coisas caminharão com maior liberdade.
No novo testamento vemos como São Paulo, quando escreve aos efésios, exorta-os a intensificar o ministério de intercessão, isto é, fazê-lo crescer, quando diz: “Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. (Ef 6,18). Também repete a mesma coisa aos Filipenses quando diz: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graça” (Fl 4,6). Paulo, ainda, confiando no ministério de intercessão dos colossenses, anima-os e pede a intercessão por ele: “Sede perseverantes, sede vigilantes na oração, acompanhada de ações de graça. Orai também por nós. Pedi a Deus que dê livre curso à nossa Palavra para que possamos anunciar o ministério de Cristo” (Col 4,2-3).
Certamente Paulo era bem conhecedor daquele trecho da profecia de Ezequiel que anteriormente meditamos com ele. E vendo a necessidade, e sabendo como Deus procura as sentinelas, os intercessores, era que ele exortava as comunidades às comunidades a terem firme e perseverante este ministério, que seria para ele sustentáculo, alicerce em relação a vontade de Deus.
Ainda falando dos intercessores vemos através do livro do Apocalipse que eles terão a função importantíssima na vida dos salvos: “Adiantou-se um outro e pôs-se junto do altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhes dados muitos perfumes para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo junto com a oração dos santos, diante de Deus.”
A oração dos intercessores subirá ao trono de Deus, juntamente com a fumaça que sairá dos turíbulos que os anjos trarão na mão como sacrifício de agradável odor ao Senhor.
Nota-se que no livro do Apocalipse os intercessores são chamados de “santos” dando-nos a entender que os íntimos de Senhor são os santos, aqueles que se deixam encher pelo Espírito Santo e se santificar.
O MINISTÉRIO INTERCESSOR DE JESUS
Jesus é o intercessor por excelência, aliás, Ele é “o intercessor”. É Ele que se coloca entre o céu e a terra na sua cruz como expiação pelos nossos pecados. É dele que São Paulo fala em Rm 8,34: “Quem condenará os escolhidos de Deus? Cristo Jesus, que morreu, melhor, que ressuscitou, que está a mão direita de Deus, é quem intercede por nós”.
É dele também que nos fala São João em I Jo 2,1 quando diz: “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.
E o próprio Jesus se apresenta aos discípulos como intercessor quando diz em Jo 14,12-14: “Em verdade, em verdade vos: aquele que crê em mim fará também as obras que faço, e fará ainda maiores que estas: porque eu vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo darei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que pedirdes em meu nome, vo-lo darei”.
Então, de posse destas três passagens nós vamos entender que Jesus é o intercessor, nosso advogado de defesa diante do Pai. Jesus se oferece como vítima imolada diante do Pai para pagar nossos pecados.
Nós dirigimos nossos pedidos ao Pai, que olha para Jesus e por causa de Jesus, Ele nos concede o que estamos desejando.
É por Jesus, só por Jesus, que o Pai atende aos intercessores. É Jesus quem fica diante do Pai a interceder por nossos pecados. A Ele, nada o Pai pode negar, pois, Ele todo já se deu ao Pai, para o resgate da humanidade.
É por isso que o pedido do intercessor deve ser feito ao Pai em nome de Jesus como nos manda a Sagrada Escritura em Jo 14,13; Jo 15,7; Jo 16,23-28.
MARIA, A INTERCESSORA:
Tomemos Jo 2,1-12.nesta passagem encontramos a narrativa das Bodas de Caná. Esta festa de casamento que aconteceu na cidade de Caná na Galiléia, teve as honrosas presenças de Jesus e Maria.
Maria, assumindo o seu papel de mãe da humanidade, assume nesta festa a sua total maternidade. Como toda e qualquer mãe, Maria se preocupa com aqueles seus filhos que anfitrionavam a festa pois o vinho deles havia acabado. Ela por si própria nada podia fazer. Porém ela se lembra que Deus a fizera bendita e que ela era agradável a Deus. Também ela se lembra que Jesus estava naquela festa. Nada mais há para fazer do que se dirigir a Jesus, pois tudo Ele pode e Maria bem sabia disso. Mas ela apenas comunica a Ele. A decisão final cabe a Jesus, pois Ele é que é Deus. Maria, porém, realiza um ato de fé, e se aproxima dos empregados dizendo-lhes que façam o que Ele mandar, pois a fé dela lhe dizia que Jesus ia se manifestar.
Maria, a grande mãe de Deus e nossa mãe, é aquela que, atenta às nossa necessidades, apresenta-as a Jesus, deixando para Ele a decisão de realizar ou não os prodígios, segundo a Sua vontade.
É essencial a nossa devoção filial à Virgem Maria. É algo que devemos estar sempre buscando aperfeiçoar porque sempre precisamos mais. Apresentemos a ela as nossas necessidades e tenhamos a certeza de que enquanto nós levamos os nossos pedidos em bandejas de latão, Maria leva os mesmos em suas bandejas de ouro. E porque é muito mais íntima do Senhor que nós, muito mais ela saberá como atingir o coração de seu amado Deus e de Seu amado Filho.
Como fez em Caná, Maria apresenta a Jesus nossas necessidades; e Jesus as apresenta ao Pai, que dispensar-nos-á as graças de acordo com a sua Vontade e os méritos de Jesus.
NOVE PASSOS PARA UMA INTERCESSÃO EFICAZ.
1. Que o coração esteja limpo diante de Deus, depois de ter dado tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do pecado ainda não confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria ouvido o Senhor.”
2. Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do Espírito Santo. Rm 8,26: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.”
3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que se deve orar. Prov. 3,5: “Que teu coração deposite toda confiança no Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Is 55,8: “Pois meus pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não são os meus, diz o Senhor”.
4. Peça a orientação do Espírito Santo, “buscai a plenitude do Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé é impossível agradá-lo” (Heb 11,6).
5. Louve o Senhor agora, na fé, pelo ministério maravilhoso que Ele lhe concede.
6. Seja agressivo com o inimigo. Vá contra Ele com o poderoso nome de Jesus e com a “espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Tg 4,7: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para longe de vós.”
7. Espere, em silêncio expectante na obediência e na fé, que o Senhor lhe fale. Jo 10,27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.
8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação. Sl 118,105: “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos. É uma luz em meu caminho”.
9. Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor pelo que Ele fez lembrando-se de que “tudo é dele, por Ele e para Ele. A Ele a glória pelos séculos.” (Rm 11,36).
Fortalecei minha alma, preparando-a primeiro, ó Bem de todos os bens! Ó meu Jesus! Em seguida ordenai os meios de fazer eu alguma coisa por vós. Já não há quem suporte receber tanto sem nada pagar. Custe o que custar, Senhor, não permitais que me apresente diante de vós com as mãos tão vazias, pois o prêmio será de acordo com as obras. Eis aqui minha vida, eis aqui minha honra e minha vontade. Tudo já vos dei. Sou vosso. Disponde de mim como quiserdes.
O DOM DE LÍNGUAS E O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO.
“Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis, e Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, que intercede pelos cristãos segundo a vontade de Deus”. (Rm 8,26-27)
O Espírito Santo que mora em nosso coração é fruto da plenitude do Amor que há entre o Pai e o Filho. E este Espírito que nos foi dado para nossa santificação vem auxiliar a nossa fraqueza. Quando a vontade de Deus parece obscura para nós, quando não entendemos os desígnios de Deus para a nossa vida, ou para a vida do irmão por quem intercedemos, podemos, com toda certeza, orar na língua do Espírito Santo e deixar que os “gemidos inefáveis” cheguem ao Trono de Deus, na certeza de que o Espírito só intercede dentro da vontade de Deus e jamais sairá dela.
Com isto, vimos que o dom das línguas, sinal que acompanha os discípulos de Jesus é o próprio Espírito orando em nós. O ministro de intercessão jamais poderá deixar de orar nesta língua, porque ele tem a certeza de que o Espírito Santo caminha muito além do que se pode perceber ou experimentar, pois Ele penetra até mesmo as profundezas de Deus. (I Cor 2,10).
CONCLUSÃO
Este artigo cumprirá o seu objetivo se as pessoas que o lerem o levarem os seus grupos ou comunidades que já têm o ministério de intercessão a se aprofundarem no estudo e na escuta do Senhor. E também, se os grupos que não têm o ministério de intercessão sentirem-se por ele motivados a iniciarem este ministério que está no coração de Deus, ansioso por atuarem em nosso meio.
Site da Comunidade Shalom
Renovação Carismática Católica
Orientações Básicas para o Ministério de Intercessão na RCC
O dom da intercessão é inerente a todo o cristão, pois pelo sacramento do batismo, somos inseridos no Corpo Místico de Cristo e participamos das mesmas funções de sacerdote, reis e profetas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto buscaremos conscientizar todos os participantes dos grupos de oração a assumir seu papel de intercessores (na oração pessoal e participando das missas) junto a Jesus Cristo, único mediador entre Deus e os homens.
Ainda, na RCC, Deus chama alguns a permanecer na brecha (cf. Ez 22,30), ou seja, pessoas que, vivendo o Batismo no Espírito Santo e exercendo os carismas, sejam discernidas e chamadas (pelo núcleo junto com o coordenador do grupo de oração) a atuar na equipe de serviço do ministério de intercessão do grupo.
A formação divulgada pelo Ministério de Intercessão Nacional tem como missão, levar os chamados a participar dessa Equipe/Ministério de Intercessão dos grupos de oração de todo o Brasil:
• A viverem a graça do Batismo no Espírito Santo com todas as suas conseqüências em suas vidas, exercitando os carismas não só na oração pessoal como nas reuniões da Equipe de Intercessão.
• A crescerem no ministério (que é verificado pelo exercício continuado de um carisma - cf. Doc 62 da CNBB nº 82,83 e 87), exercitando uma intercessão profética (na equipe e individualmente), onde por uma vida de oração pessoal, vida sacramental e vivência na palavra de Deus, possam escutar Deus diante das situações que são apresentadas para interceder, como ele quer que seja orado e de que forma.
• Buscarem a Santidade, meta de todo o Cristão.
Funcionamento dentro do Grupo de Oração: A Equipe/Ministério de Intercessão é participante do grupo de oração, lá eles louvam, cantam e participam do grupo normalmente como qualquer participante. Os Membros da Equipe de Intercessão que também fizerem parte do Núcleo poderão conduzir/dirigir o grupo, pregar, etc., conforme for discernido na reunião de Núcleo.
A reunião da Equipe/Ministério de Intercessão acontece em outro dia de preferência, diferente do dia do G.O., onde os intercessores aí farão as orações específicas, orando pela caixa de pedidos, as intenções do grupo, etc.
Não existe local definido para a reunião da intercessão, desde que haja privacidade onde ela for feita e não se fique mudando com freqüência de lugar.
Funcionamento a Nível Diocesano, Estadual, Nacional: Os ministérios são serviços prestados e vivem em função dos grupos de oração da RCC, assim sendo, poderá haver representantes/coordenadores do ministério de intercessão prioritariamente diocesanos e Estaduais, ou fazendo-se necessário por cidades dentro de uma diocese.
Ficará a cargo do Coordenador da Intercessão Estadual passar a formação, vinda do Nacional, para os diocesanos e os mesmos na suas dioceses ou cidades conforme a facilidade de locomoção dentro desta. Esses coordenadores, por serem cargos de confiança, são escolhidos pelo Conselheiro Estadual e/ou pelos Coordenadores Diocesanos respectivamente, tendo como alguns pontos de discernimento: pessoas que sejam participantes/servos de grupo de oração, de preferência que já tenham passado pelo módulo básico da Paulo Apóstolo e que não só exerçam o ministério, mas que tenham o dom da liderança e o ministério de formação.
Os Coordenadores do Ministério de Intercessão deverão encaminhar para apreciação/aprovação do Coordenador Diocesano ou Estadual, todas as atividades que forem fazer (exemplo: encontros, chamar pregadores de fora, etc.). Todo coordenador de ministério é submisso a coordenação estadual/diocesana ou de cidades!
No grupo de oração, pelo menos um membro da Equipe/Ministério de Intercessão deve fazer parte do Núcleo, sendo a pessoa de ligação entre ele e a Equipe/Ministério.
Meta para o ministério: Todos os grupos de oração possam ter Equipes/Ministérios de Intercessão que sejam verdadeiramente carismáticas!
Após ter feito Seminário de Vida no Espírito Santo, Experiência de Oração e Dons e Carismas, os servos do ministério de intercessão devem buscar a formação contínua. Eles devem fazer o módulo básico da Escola Paulo Apóstolo e posteriormente os 03 (três) encontros específicos do ministério de intercessão, bem como de outros ministérios que tiver oportunidade, principalmente de cura e libertação.
• Pontos para se trabalhar no ministério de intercessão:
1. Motivar a vida de oração pessoal (dando subsídio de livros e principalmente exercícios espirituais). A Adoração também deve ser motivada.
2. Conhecimento e vivência da Palavra (Sagrada Escritura): A lectio divina como auxílio tanto para a oração quanto para o aprofundamento espiritual na Palavra.
3. Vida sacramental, buscando a eucaristia diária e a confissão freqüente.
4. Aprofundar-se cada vez mais no mistério de redenção de Jesus Cristo, o definitivo intercessor diante de Deus (Aprofundar a carta aos Hebreus).
5. A obra do Espírito Santo, que intercede em nós e por nós (texto de referência Rom 8,26-27). Exercício dos carismas, para o desembaraço na intercessão exercendo uma intercessão profética.
6. Atuações distintas do ministério de intercessão e ministério de oração por cura e libertação, devendo, contudo trabalhar em unidade.
7. Divulgar a Rede Nacional de intercessão para fomentar a unidade no Brasil na intercessão e ser também um mecanismo de formação na espiritualidade do intercessor.
Vicente Gomes de Souza Neto
Coordenador Nacional do Ministério de Intercessão na RCC
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INTERCESSÃO
A INTERCESSÃO
Interceder é exercer a misericórdia e a compaixão procurando se assemelhar a Jesus Cristo: O INTERCESSOR!
Significado:
É a oração feita em lugar de pessoas, países, famílias, autoridades, etc.
Colocar-se Diante da trindade em favor dos homens;
Trazer as promessas e o reino de Deus para aqueles que necessitam.
Em hebraico: PAGA – colocar-se entre, ser intermediário. Pleitear a causa de outro como se fosse a minha.
É uma oração feita conforme o pensamento de Deus, deixando o Espírito revelar sua vontade e desígnios. Interceder é captar a mente de Cristo, deixar que o Espírito Santo mova a mão de Deus nas situações pelas quais estivermos clamando.
Ë descobrir o que está no coração de Deus, mediante a escuta e o exercício dos carismas e a partir de sua revelação orar com poder e autoridade, não tendo medo de enfrentar e se confrontar com o inimigo, uma vez que maior é o que está em nós do que o que está no mundo e se Deus é por nós quem será contra nós...
No mundo teremos aflições, mas Ele venceu o Mundo!!! (cf. Jo 16,33)
Interceder é orar o que pesa no coração de Deu sem favor dos homens, grupos, nações, igreja, etc.
A ORAÇÃO DE INTERCESSÃO (CATECISMO)
“A intercessão é uma oração de pedido que nos conforma de perto com a oração de Jesus. ele é o único Intercessor junto do Pai em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo. Ele é ‘capaz de salvar de modo definitivo aqueles que por meio dele se aproximam de Deus, visto que Ele vive para sempre para interceder por eles’ (Hb 7, 25). O próprio Espírito Santo ‘intercede por nós... pois é segundo Deus que ele intercede pelos santos’ (Rm 8, 26-27)”.
“Interceder, pedir em favor de outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que ora ‘não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros’ (Fl 2, 4) e reza mesmo por aqueles que lhe fazem mal.”
“As primeiras comunidades cristãs viveram intensamente essa forma de partilha. O Apóstolo Paulo as faz participar assim de seu ministério do Evangelho, mas intercede também por elas. A intercessão dos cristãos não conhece fronteiras: ‘Por todos os homens, pelos que detêm a autoridade’ (1Tm 2,1), pelos que nos perseguem, pela salvação daqueles que recusam o Evangelho.”
A intercessão tem dois momentos: um de encontro e o outro de confronto. Quando intercedemos, oramos para que a vontade de Deus seja esrabelecida ao mesmo tempo que confrontamos com as forças espirituais do mal espalhadas pelos ares, que fazem oposição aos planos e desígnios de Deus.
A INTERCESSÀO NÀO TEM LÍMITES
O intercessor não tem tempo, lugar, distância. Ele ora no reino espiritual, e neste campo não há limitações humanas...
“Falar de Deus a aos homens é uma grande coisa, mas falar A Deus dos homens é ainda maio” (Bounds)
Intercedemos por pessoas, nações. Doenças físicas, espirituais, psicológicas, igrejas (comunidades, grupos, sacerdotes), missionários, governos, vocacionados, etc.
O INTERCESSOR
O intercessor é aquele que recebe de Deus a revelação de seu desejo, sua vontade, seus planos insondáveis, portanto, o intercessor deve buscar uma intimidade pessoal e única com Ele.
Interceder é exercer o Sacerdócio comum de todo batizado sacramentalmente e assemelhar-se a Cristo, pois somos seu corpo
Em Amós 3,7 Ele diz: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.
Por isso a oração do intercessor deve ser: “Senhor ensina-me a orar por aquilo que está no Seu coração...”
O intercessor deve ouvir o Senhor, escutar o que Ele está falando – Ezequiel 3,17. um único homem pode salvar uma nação!
O intercessor é um amigo de Deus, a quem Ele faz questão de revelar sua vontade (Sl 25,14).
NADA ACONTECE SEM ORAÇÃO
Se quisermos ter esse discernimento que como interceder pelas situações, devemos trilhar o caminho da oração. Sem oração nada acontece.
Deus decidiu usar de pessoas que ousem no reino espiritual e desvende seus insondáveis desejos. Para isso ele busca pessoas que com Ele farão proezas. E esse lugar é a oração!
Quando entramos na oração, passamos da esfera material para a espiritual para trazer o que e como orar, pois oração significa relacionamento com Deus.
Porque devemos orar? Por que Jesus disse que se orássemos seríamos atendidos. Se fosse a Deus Pai em Seu nome: cf. Lucas 11,9-13. Paulo também nos incita a orarmos sempre: cf. Ef. 3,20; 3,141-19.
A oração amplia nossa visão para a intercessão, e lança-nos para invisível, e pela fé antecipadamente oramos por aquilo que ainda não vemos no reino material.
Quando oramos estamos conversando com o Pai em nome de Jesus pelo Espírito Santo: Jo 16,23-24
Devemos crer que Deus ouve nossas orações: Marcos 11,24 – Oração feita sem fé não produz resultados.
Perdoamos e devemos pedir perdão pelos que nos magoaram e ofenderam: Marcos 11,25, Mateus 6,14-15;
Aprendemos a orar pelos outros, pois ao entrar na dimensão vertical da cruz me relacionando com a Trindade, devo como resposta, resultado, me ocupar e preocupar com os outros: dimensão vertical da cruz.
Descobrimos que somo dependentes do Espírito Santo e busca a edificação pessoal orando com Ele e Nele.: Judas 20 e 1 Cor 14,4.
A oração deve ser perseverante e persistente.
Há várias modalidades de oração assim como de esportes. Há as que não buscam necessariamente alguma coisa de Deus, vamos até ele para:
1. Louvor, Ação de Graças, Adoração, Contemplação – Deus oramos a Ele, pelo que Ele é, faz e adoramos e silenciamos (contemplação). Buscamos apresentar-lhe nossa humilde gratidão pelo que Ele é e faz em nossas vidas.
2. Há as orações que trazemos Deus para nossas realidades e necessidades – petição, consagração/dedicação, entrega.
Nos pedidos apresentamos a Ele necessidades, pessoais e intenções, mas devemos pedir ao Espírito Santo que revele qual a vontade de Deus para essas necessidades. Devemos ser objetivos na oração de petição, pedindo o auxílio e socorro do Espírito Santo e da Palavra para saber e o nosso pedido e o atendimento dele se coadunam com a vontade do Senhor.: 2 Cronicas 20,6-20.
Ninguém chega num tribunal para fazer uma solicitação ou pedido sem o respaldo da lei, no nosso caso a Palavra de Deus é a carta magna (constituição) do seu Reino!
Creia firmemente com base no que a Palavra de Deus te disse que suas orações serão respondidas e a benção já está a caminho: Números 23,19. Rejeite e renuncie toda dúvida de que Deus está ouvindo sua oração.
Na consagração/dedicação, submetemos a vontade Dele. Ela exige espera, disposição, renúncia, etc.
Na entrega, quando temos uma revelação do Senhor e aí temos que nos abandonar Nele, pois é difícil muitas vezes “aceitar” seus desígnios...
3. Levando as necessidades dos outros: intercedendo – Aqui vamos ao senhor levando a PAGA dos irmãos e suas necessidades. Nosso objetivo é que o reino de Deus aconteça na vida das pessoas, países, famílias, e que a Salvação alcance a todos. Estamos intercedemos quando pleiteamos pela causa de alguém como se fosse nossa...
FORMAS DE ORAÇÃO
Oração pessoal/privada (Mateus 6,6) – Todo filho de Deus tem o direito e dever de fazê-la, e como o nome diz, nela ficamos só nós e Deus em intimidade, sinceridade, profundidade, etc.
Oração de Concordância (Mateus 18,18-20) – Aqui dois ou três estão unidos e reunidos, orando e concordando em comum, por pedidos, súplicas, necessidades, etc. O poder de Deus é liberado pela unidade e concordância no Espírito.
Oração coletiva (grupo de oração) – Atos 4,23-31 – Aqui o corpo se une em oração. Ë uma concordância maior, pelo louvor, petição, ação de graças, glorificação, adoração, liberando o poder de Deus.
AUXÍLIOS DE ORAÇÃO
· Orar na Palavra e com ela;
· Orar no Espírito
ETAPAS NA ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
IDENTIFICAÇÃO: É o 1º. Momento onde nos identificamos com a dor e situação pelas quais estivermos orando. Jesus levou sobre si nossas dores e sofrimentos (Isaías 53), assim nos identificamos com o aflito, o doente, famílias em desacordo, etc. Contudo apresentamos e entregamos tudo a Jesus Cristo.
Identificação é empatia, ou seja, eu sinto como você sente, a empatia nos auxilia a não julgarmos as pessoas, mas apresentá-las ao Senhor apresentando-lhes suas feridas.
Exemplos na Palavra de Deus: Daniel no cap. 9 ele se confessa transgressor pelo povo. O mesmo acontece com Neemias (cf. Ne 4,4-6). Moisés levando a carga do povo no deserto, etc.
COMPAIXÃO: Ë parte inseparável do intercessor, uma vez que é a própria identidade de Jesus Cristo e todo aquele que com Ele se encontra e identifica. Jesus é a expressão da misericórdia e compaixão de Deus para com a humanidade decaída.
Quando deixamos o Espírito Santo operar em nós, entramos na dor das pessoas como aquele que tem empatia = sofre junto, com. Em Mateus 9,35-38 Jesus se compadece das multidões, vê suas necessidades de salvação e logo em seguida nomeia apóstolos (Mat 10) e os envia com a Sua autoridade para o mesmo fazerem. Pela compaixão como corpo, estamos sentindo junto e clamando como se fosse conosco.
A compaixão gera a cura dos enfermos (Mateus 14,14)
A compaixão gera a multiplicação dos pães e peixes para os famintos (Mateus 15,32)
A compaixão faz o cego abrir os olhos (Mateus 20,34)
A compaixão torna o leproso são (Marcos 1,40-41)
A compaixão traz à vida o morto (Jo 11,33-35)
DISCERNIMENTO: Ë um dos dons carismáticos mais importantes para ser exercidos na intercessão, pois através dele o Espírito Santo irá revelar se o que se está orando, tem a interferência, do divino, do humano ou do mal/inimigo.
A palavra grega é “DIAKRISIS” e quer dizer: discernimento, fazer distinção, distinguir. É o poder de julgamento, de perceber diferenças entre coisas ou idéias. O Espírito Santo vai aguçando a oração do intercessor que por Ele se deixa conduzir. A maioria das situações que o Espírito Santo revelar aos intercessores, não são para serem divulgadas, mas para que eles tenham a orientação de como orar por cada uma das situações e que espírito está agindo.
Alguns princípios a considerar no campo do discernimento:
· Pedir a Deus para revelar se é, e quem é o príncipe da maldade que está operando naquela situação, lugar ou pessoa;
· Neutralizar esse inimigo;
· Liberar o poder de Deus em nome de Jesus Cristo;
· Pedir o Espírito Santo que preencha aquela área.
AUTORIDADE: Cristo nos delegou sua autoridade (Lucas 10,19). Temos inimigos e batalhas a vencer; para isso dependemos do poder e da ação ilimitada do Senhor, Rei do universo! Ele venceu o príncipe deste mundo tenebroso, suas potestades e principados, triunfando deles pela cruz! Em Cristo somos mais que vencedores (Romanos 8,37). Sabemos que lutamos contra um inimigo derrotado e vencido. Nosso papel é, de que, como filhos de Deus, amados, resgatados e lavados pelo sangue de Jesus, entramos numa ofensiva de oração intercessória por aqueles que não vivem a salvação de Jesus em suas vidas ou estão sendo atormentados pelo demônio.
Lucas 10,19 – Cristo nos delega sua autoridade que todo batizado deve assumir. Para se ter autoridade temos que ter intimidade com o Senhor.
Um pouco mais sobre o Ministério de Intercessão
"Interceder com a vida como o próprio JESUS!!!!!"
O Ministério de Intercessão desenvolve um trabalho de intercessão, ligado a Rede de Intercessão Nacional, que visa apoiar e fortalecer os grupos de intercessão ligados aos grupos de oração e dar formação aos intercessores no sentido de sustentar todo o projeto da Renovação Carismática Católica. Pois, ser intercessor, é ser com a vida como Jesus. E é ser em Jesus, inseridos n'Ele. Pois, a Palavra nos diz: "em vão trabalham se o Senhor não construir".
Como os demais ministérios, o Ministério de Intercessão está inserido na nova fase do projeto da Ofensiva Nacional, denominado "Reavivando a Chama"dando continuidade aos objetivos de unidade, identidade e missão da RCC no Brasil.
Unidade: Trabalhar em conjunto com os outros ministérios, orientando a implantação de grupos de intercessão e a formação de intercessores.
Identidade: O Ministério de Intercessão tem como espiritualidade básica, a vivência do Batismo no Espírito Santo.
Missão: Motivar e animar a oração de intercessão em todos os segmentos da RCC, para o bom desempenho do projeto "Reavivando a Chama", visando o fortalecimento da intercessão nos grupos e comunidades." (Vianna, Maria Lúcia - Intercessão na RCC, pg 4)
Aprendendo sobre o Ministério de Intercessão
Como Atua o Ministério de Intercessão no Grupo de Oração ?
A reunião de oração do GO acontece semanalmente. Conforme a reunião vai crescendo e/ou o núcleo sentir, ele poderá discernir a necessidade de se ter uma equipe de serviço de intercessão.
Esta equipe será composta por pessoas que já são participantes do grupo e que, em oração, serão discernidas pelo núcleo e convidadas pelo coordenador do grupo de oração para fazer parte do ministério de intercessão.
Mesmo que o grupo já tenha o ministério de intercessão, o núcleo do grupo é quem deve orar e discernir semanalmente como o Senhor quer que o grupo seja conduzido (inclusive a palavra que será pregada). Quem tem o ministério de governo do grupo é sempre o núcleo.
Por isso nos grupos, tendo ou não ministério de intercessão, o núcleo sempre vai orar pelo grupo e discernir pessoas que deverão ser convidadas para as diversas equipes de serviços, que forem sendo necessárias para o grupo (acolhida, música, crianças, cura, intercessão, etc.)
Os intercessores no grupo de oração por serem participantes deste, louvam, cantam, ouvem a palavra pregada.
Durante o Grupo de Oração os intercessores estão dentro do grupo, participando e vivendo o Pentecostes. É necessário que pelo menos um membro da equipe/ministério de intercessão seja membro também do núcleo.
A Equipe/Ministério de Intercessão é um grupo menor (equipe de serviço), formado por doze pessoas no máximo (a proporção está relacionada ao tamanho do grupo de oração), que se reúne semanalmente em outro dia diferente da Reunião de Oração, para interceder pelos pedidos das pessoas do GO que geralmente são recolhidos numa cestinha depois de cada reunião de oração e entregues para alguém da Equipe de Intercessão.
Como formar uma Equipe de Intercessão?
A equipe/ministério de intercessão é formada pelo discernimento do Núcleo do Grupo de Oração, como todas as outras equipes de apoio do grupo. O Grupo de Oração é uma pequena comunidade e necessita de vários serviços (ministérios) conforme as pessoas vão vivendo o batismo no Espírito Santo e os carismas vão aflorando do meio do povo. O núcleo do grupo de oração é quem tem o carisma de governo e coordenação do grupo, e é o responsável por organizar as equipes que vão sendo necessárias para o funcionamento e crescimento do grupo: acolhida, cura, crianças, intercessão, música, novos, livraria, etc. Cabe ao núcleo discernir as pessoas do grupo que serão chamadas para as diversas equipes. Os servos do núcleo do grupo selecionam alguns nomes (ouvindo também sugestões dadas pelos outros servos do próprio grupo), em sua oração pessoal ouvem o Senhor e confirmam na Palavra de Deus. Num segundo momento partilham na reunião do núcleo, o que o Senhor falou. Os nomes que forem orados e confirmados por todos, deverão ser chamados para a equipe de intercessão. Os nomes que não foram unanimemente confirmados, deverão continuar sendo orados até um maior esclarecimento espiritual. Assim, para formar a equipe de intercessão, o núcleo deve através da oração pedir ao Espírito Santo o discernimento sobre as pessoas que devem formar ou entrar para a equipe, aliados ao jejum e ao pastoreio. Há critérios humanos que também auxiliam na escolha das pessoas, tais como:
· Ser madura na fé, buscando uma vida de oração pessoal diária;
· Ter vida sacramental (confissão e eucaristia);
· Ser sigilosa e discreta;
· Ser assídua ao grupo de oração;
· Ser obediente e submissa à coordenação do grupo de oração;
· Ser sincera e humilde;
· Assumir o compromisso de reunir-se semanalmente para a intercessão.
Sabendo, no entanto, que o Senhor não chama apenas os capacitados, mas capacita também os escolhidos!
A vivência e uma caminhada maior na Renovação Carismática também ajudam, mas não deve ser o principal critério de escolha, pois alguns, pela abertura maior, atingem uma maturidade espiritual e uso dos dons antes dos outros.
O grupo deve ter entre 6 a 12 pessoas, dependendo do tamanho do grupo de oração. Pelo menos um membro da equipe de intercessão deve fazer parte também do núcleo como representante do ministério, e nesse caso poderá também pregar no grupo e conduzir a reunião do grupo aberto, conforme os carismas que o Senhor for distribuindo para cada membro do núcleo.
A equipe de intercessão recebe notícias e orientações do núcleo e deve tomar parte em retiros e aprofundamentos anunciados na reunião, procurando sempre crescer mais na graça e no conhecimento e no seu ministério. Depois de formada a equipe de intercessão, discerne-se qual, entre os participantes, será o responsável pelas coisas práticas, por exemplo, o local onde deverá ser a reunião, de preferência fixa, o mesmo dia da semana e hora; recebimento de cartas, bilhetes, telefones e pedidos de oração.
As reuniões da equipe de intercessão deverão ser semanais, sempre em dia e horário diferentes das da reunião de oração. Não há uma autoridade entre os intercessores, pois todos devem buscar a humildade e a vontade de Deus através da revelação do Espírito.
O que é intercessão?
O catecismo da igreja vai nos ensinar, que intercessão é uma forma de oração que nos conforma com a oração que Jesus, incessantemente, faz por nós.Ele está à direita de Deus Pai e é o único intercessor verdadeiro. Ele é o único mediador entre nós e o Pai. Ao lado de Deus Ele roga por nós, e alcança do coração de Deus as graças que nos são necessárias.
O catecismo da igreja ainda vai nos dizer que, intercessão é uma forma de oração própria de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus.
A palavra interceder significa " colocar-se entre".Quando intercedemos estamos nos colocando, entre Deus e o irmão, advogando sua causa,defendendo-o diante de Deus, orando por ele, e por situações diversas que requerem atenção e cuidado na oração.
Aprendendo sobre o Ministério de Intercessão
Quem é chamado a fazer esse tipo de oração?
Uma vez que todos precisamos orar,TODOS somos chamador a fazer a oração de intercessão. Mesmo que eu não sinta o chamado para servir a Deus de maneiraefetiva como intercessor. Na verdade, não só posso, como tenho a obrigação de orar.Orar por meus familiares, amigos, irmãos de caminhada, pela igreja, pelos trabalhos de evangelização,pela cidade,país,enfim...
Portanto é preciso que todos nós, nos comprometamos com a intercessão, e não apenas aprendamos, como também ensinemos as crianças, os jovens, os mais velhos, os homens, as mulheres e os servos e todos os ministérios dentro da rcc.
RCC RESPONDE - 2
POR: Vicente Gomes de Sousa Neto
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO
Perguntas e respostas sobre o ministério de Intercessão vem dar continuidade ao bem sucedido lançamento do primeiro livreto desse série sobre o ministério de musica elaborado por João Valter e Enes Gomes. O objetivo é esclarecer as dúvidas e pontes importantes sobre a pessoa do intercessor, o ministério e as reuniões.
As perguntas aqui enumerada foram recolhidas das dúvidas levantadas nos encontros ministrados pela equipe Nacional do Ministério de Intercessão. As respostas são oriundas da vivência no ministério de formação (Paulo Apostólo), e do carisma de formação e oração de nossa (casa de Marta e Maria – Comunidade Saron/RJ).
Este livro não pretende ser um tratado sobre intercessão, mas busca esclarecer as dúvidas mais comuns do dia-a-dia dos intercessores no exercício do ministério. Para ser ter uma formação abrangente e ainda mais profunda, o ministério de formação, (Paulo Apostolo) possui material especifico entro do módulo serviço, três encontros (apostila) com esse objetivo.
Que este livro possa assim auxiliar nesse ministério que nos conforma ao verdadeiro e definitivo intercessor diante de Deus: Jesus Cristo.
INTRUDUÇÃO
“A intercessão é uma oração de pedido que nos conforma de perto com a oração de Jesus. Ele é o único Intercessor junto do Pai em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo...”
“Na intercessão, aquele que ora "não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros" (Fl 2,4) e reza por aqueles que lhe fazem mal”. (CIC 2634,2635)
Por intermédio de Jesus Cristo, todos os batizados torna-se intercessores, pois por este sacramento de iniciação cristã, nos tornamos filhos adotivos de Deus e participantes do mesmo Múnus (serviço) sacerdotal, profético e régio de Jesus Cristo conquistados por meio de sua paixão e morte e Ressurreição ( cf. 1 Pd 2,1-9). Portanto, todo o batizado é ungido pelo Espírito Santo de Deus, que nele habita, capacitando-o a orar pelas necessidade das pessoas, países, famílias, etc.
Na Renovação Carismática Católica, pela vivência da efusão do Espírito Santo, no exercício continuado do Carisma da intercessão, alguns servos tem esse carisma transformado em ministério.
“Ministério é, antes de tudo, um carisma, ou seja, um dom do Alto, do Pai, pelo Filho, no Espírito, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades, serviços e ministérios em ordem à salvação. Numa perspectiva trinitária, é preciso ressaltar aqui a unidade na variedade e a variedade na unidade. (Doc. CNBB 62, nº 84).
Ao se identificar mais intensamente com as dificuldade, doenças e problemas das pessoas do grupo de oração e da humanidade; alguns servos discernidos pelo núcleo do grupo de oração, procuram interceder em equipe por essas necessidades.
RESPONDENDO
1 – O que é Interceder
A palavra intercessão, em si, quer dizer: ação de “ pôr-se entre”. O Intercessor é aquele que, ao se identificar (compaixão = sofrer com) com as dificuldades das pessoas, busca permanecer na brecha (cf. Ez 22,30) engajando-se, assim, numa batalha espiritual em favor das necessidades de algum grupo, família, país, paróquia, etc.
Portanto, o intercessor é aquele que, ao responder ao chamado do Senhor, busca sempre estar numa atitude de escuta para ouvir dele quais as necessidades pelas quais o Espírito irá orar em nós e por nós (cf. Rm 8,26).
O intercessor vai encontrar essa “sintonia” mediante uma vida de oração pessoal, conhecimento e vivência da Palavra de Deus e vida sacramental (confissão e Eucaristia) freqüentes.
2 – Como discernir pessoas para a equipe/ministério de intercessão?
Cabe ao Núcleo de serviço do Grupo de Oração discernir as pessoas que serão chamadas para a equipe de intercessão. Os servos do núcleo do Grupo selecionam alguns nomes (ouvindo também sugestões dadas pelos outros servos do próprio grupo), e em sua oração pessoal ouvem o Senhor pedindo confirmações (podendo ser palavra de visualizações, etc). Num segundo momento, partilham na reunião do núcleo o que o Senhor falou. Os nomes que forem apresentados em oração e confirmados pelos membros do núcleo do grupo, deverão ser chamados pelo coordenador do grupo de oração para a equipe de Intercessão. Os nomes poderão também ser levados para a apreciação do sacerdote da paróquia onde o grupo acontece.
Para formar equipe de Intercessão (que é uma das equipes de serviço do grupo), o núcleo deve, sempre através da oração, pedir ao Espírito Santo o discernimento sobre as pessoas que devem formar ou entrar para a equipe, aliado ao jejum e ao acompanhamento (pastoreio) do coordenador do grupo de oração.
3 – Há critérios para se escolher servos para esse ministério?
Algumas sugestões para o discernimento e oração por novos nomes:
- Ser uma pessoa madura na fé, buscando uma vida de oração pessoal diária;
- Ter vida sacramental (confissão e eucaristia);
- Ser sigilosa e discreta;
- Assídua ao grupo de oração;
- Obediente à coordenação do grupo de oração;
- Sincera e humilde;
- Que assuma o compromisso de reunir-se semanalmente para intercessão.
Tome cuidado contudo com a rigidez no discernimento, pois o senhor na maioria das vezes vai capacitando os seus escolhidos conforma a abertura e a docilidade ao Espírito desses servos neófitos!
4 – Como saber se uma pessoa é ministeriada?
O ministério é confirmado pelo exercício continuado de um carisma e também pela comunidade (grupo de oração), tornando-se assim um ministério. Primeiramente a pessoa exerce o dom da intercessão que é conferido a todo batizado conforme exposto na introdução.
É fundamental que a pessoa seja assídua a o grupo de oração e tenha uma vivência do batismo no Espírito Santo com toda as conseqüências. Assim, pela oração e pelo discernimento do núcleo, estando à frente o Coordenador do grupo, o nome dessas pessoas vai sendo apresentado em oração para que sejam, chamadas como descrito anteriormente.
O ministério vai “crescendo” na medida que as pessoas forem exercendo os carismas do espírito Santo, buscando sempre uma vida de santidade (meta de todo cristão) testemunhada pelos frutos do Espírito santo (cf. Gl 5,22).
5 – Os membros do ministério de intercessão precisam ir ao grupo de oração?
Sim. Os intercessores são participantes do grupo de oração. A participação dos intercessores no grupo de oração deve ser como de qualquer outra pessoa; sendo assíduo ao grupo onde fervorosamente louvam, vivem os carismas e ouvem a palavra proclamada (podendo até mesmo estar a serviço em outras equipes do grupo caso faça-se necessário: música, acolhida, etc). Oi intercessor é um participante assíduo do eu grupo de oração!
6 – O intercessor deve ficar intercedendo em outro lugar durante a reunião de oração?
Não. O mesmo de orar pelas necessidades das pessoas do grupo de oração e pelo grupo é o dia da reunião do ministério. Na reunião de oração o intercessor participa do grupo no mesmo local onde ele acontece.
Sendo participantes do grupo de oração, os intercessores devem fazer a reunião do ministério de intercessão em outro momento, de preferência num dia da semana diferente do grupo.
7 – O que fazer caso haja alguma “manifestação” no grupo de oração?
Os intercessores deverão continuar a participar do grupo, porém no seu interior estarão orando em línguas e intercedendo sem que ninguém precise saber. Caso o coordenador do grupo ou alguém do núcleo peça ajuda, assim como a de pessoas do ministério de oração por cura e libertação, eles poderão auxiliar, orando com essas pessoas num lugar fora de onde o grupo estiver acontecendo.
8 – Existe coordenador durante a reunião da intercessão?
Não. Na reunião da intercessão, o Espírito Santo é quem a dirige, com ordem, pois onde está o Espírito há dignidade e ordem (cf. 1 Cor 14,40). Conforme a moção do Espírito, as orações são conduzidas por qualquer pessoa do ministério e as outras vão concordando com a que estiver orando no momento (oração de concórdia)
Na equipe de intercessão há um coordenador ou responsável pelo ministério intercessão, que deve fazer parte também do núcleo de serviço do grupo de oração. Assim na reunião do núcleo ele irá falar como está caminhando a equipe de intercessão e o que Senhor tem falado.
9 – Como deve ser a freqüência dos membros da equipe de intercessão às suas reuniões?
O Intercessor deve ser assíduo às reuniões do ministério, assim como às do grupo de oração. Quando uma pessoa é chamada para servir no grupo de oração, ela deve saber que será necessário dispor de um tempo maior para as reuniões de serviço. Porém, se um servo constatar que será necessário se afastar do grupo ou da reunião da intercessão para tratar-se (doença),estiver grávida ou cuidar de alguém da família, ela deve ter o discernimento de pedir uma licença ( ao coordenador do grupo de oração) e afastar-se da equipe pelo período necessário.
10 – Qual o número ideal de intercessores?
O número depende do tamanho do grupo de oração. Grupos de Oração grandes deverão ter uma equipe de intercessão maior. Grupos de até cem participantes não tem a necessidade que ultrapasse 10 (dez) intercessores. Ter um excessivo número de pessoas pode prejudicar o tempo de oração e discernimento. Caso haja um número grande de intercessores (vinte por exemplo), pode se formar mais de uma equipe de intercessão, contudo elas deverão reunir-se todas juntas periodicamente para não se perder a unidade do ministério.
11 – Onde se deve fazer as reuniões do ministério de intercessão?
O local para as reuniões fica a critério da equipe. Alguns pontos são importantes: ser um ligar de privacidade, onde os intercessores tenham a liberdade de exercer os carismas e partilhar as situações e necessidades das pessoas. Deve evitar locais de circulação de pessoas que não sejam do ministério (como no caso de capelas, igrejas, quando se faz diante do sacrário).
O lugar mais adequado para a intercessão é uma sala reservada, onde se pode conversar, partilhar situações e discernir o que o Senhor está falando. Se for na casa de um dos intercessores, deve ser também um local reservado em que haja o consentimento dos outros moradores da casa. É importante que o local escolhido seja fixo devendo-se evitar mudanças toda semana.
12 – Pode-se fazer reuniões da equipe de intercessão diante do Santíssimo Sacramento?
Evite-se quando essa equipe só puder se reunir em igrejas ou capelas abertas. Não é aconselhável por não se ter liberdade de partilhar e orar alto e o sigilo necessário ao ministério. A adoração Eucarística é uma poderosa arma do intercessor, porém devemos guardar o respeito que a igreja reserva para esses momentos.
Os intercessores poderão marcar momentos de adoração silenciosa e contemplativa diante do santíssimo, que são de grande profundidade e crescimento espiritual, fora da reunião da intercessão.
13 – Como deve ser o inicio da reunião da intercessão?
Deve-se iniciar com as orações de preparação: faze-se um breve momento de oração com perdão e oração de uns pelos outros da equipe de intercessão. Sugere-se rezar o Magnificat (cf. Lc 1,46-55), a armadura do cristão (cf. Ef 6,10-17), pede-se para aniquilar o orgulho (cf. 2 Cor 10,4-5), oração de São Miguel Arcanjo, São Rafael, pede-se a proteção do precioso Sangue de Jesus, sobre os intercessores, suas casas, trabalhos, pertences etc.
Esses momentos iniciais são breves, devendo se tomar cuidado para não se demorar demasiadamente com devoções particulares, diversos salmos, cânticos, etc; deixando assim pouco tempo para a intercessão com o uso dos carismas, que é o objetivo principal da reunião.
14 – Qual o tempo de duração de reunião da intercessão?
Não há tempo ideal, deve se ter discernimento para não se estender demais as reuniões. O importante é que o tempo seja bem administrado para que as orações iniciais não tomem um tempo demasiado da reunião e não prejudiquem o momento principal da reunião que é a intercessão com utilização dos carismas.
15 – Como deve ser o uso dos carismas na intercessão?
É prioridade. Por serem da Renovação Carismática Católica, os intercessores dos grupos de oração, devem nas reuniões da intercessão, exercer os dons do Espírito santo, dados justamente para a utilidade de todos (cf. 1 Cor 12,7). Intercessores que, nas reuniões da intercessão, exercem os carismas, vão tendo cada vez mais desembaraço no ministério pois a oração em línguas faz com quer se ore conforme a vontade de Deus (cf. Rm 8,26-27). Pela palavra de ciência, palavra de sabedoria, visualizações, etc. O Espírito Santo vai revelando ao intercessor o que orar e como orar pelas necessidade das pessoas.
Quando mais os intercessores exercerem os carismas na oração pessoal (diária) e nas reuniões do grupo de oração, mais facilidade e discernimento eles terão para exercê-lo nas reuniões da intercessão. Convêm resultar que tudo deve ser feito com ordem e discernimento.
16 – O que é batalha Espiritual na intercessão?
Durante a intercessão, podem ocorrer situações de Combate Espiritual, ou seja, quando se está intercedendo por pessoas que estão oprimidas por vícios ( por exemplo: drogas, prostituição, jogos, álcool, luxaria etc). Deve-se usar o dom de línguas para expulsar os espíritos que estiverem “prendendo” a pessoa e pelo poder e no nome de Jesus fazer uma intercessão de libertação. Depois deve se pedir para que o Espírito santo de Deus encha aquela pessoa.
17 – Como deve ser o uso da Bíblia na Intercessão?
O intercessor deve não só conhecer a Palavra de Deus como vivê-la. Deve orar diariamente utilizando as Sagrada Escrituras. Assim no momento da reunião da Intercessão, o Espírito Santo poderá fazê-lo recordar as promessas de Deus nela contidas quando se estiver orando por alguma situação específica. O Senhor poderá também inspirar alguns intercessores (que nem sempre serão os mesmos) abrir naquele dia a bíblia dando orientação ou confirmação por situações que se estiver intercedendo. Deve-se evitar o exagero de palavras e buscar o discernimento das que forem lidas. Vários outros carismas podem e devem ser usados também para confirmação.
18 – O que se deve fazer quando o intercessor não é assíduo às reuniões?
O intercessor deve ser assíduo tanto ao grupo de oração quanto às reuniões do ministério. Durante o tempo no qual a pessoa estiver impossibilitada de freqüentar as reuniões (por tratamento médico, cuidar de parentes, netos, estudos, gravidez, etc), ela deve pedir uma licença ao coordenador do Grupo de Oração. Quando ela voltar a orar para discernir quando sua volta ao ministério. Caso o intercessor não esteja sendo assíduo a reunião sem justificativa o coordenador do grupo de Oração deverá ser participado e assim conversar com ela.
19 – Reza-se o terço durante o grupo de intercessão?
Aconselha-se que todos os intercessores rezem o terço ou se possível o rosário diariamente. Os intercessores poderão também rezá-lo em suas casa no dia da reunião da intercessão assim como no dia do grupo de oração, antes de irem para os mesmos.
20 – Como e quando deve ser o jejum dos intercessores?
O Jejum é uma arma poderosa do intercessor para sua defesa e para a batalha que é travada na intercessão. Como recomenda a Igreja, as quartas e sextas-feiras são os dias para se fazer algum jejum ou abstinência nos dias das reuniões (do grupo ou do ministério). O Senhor poderá também na reunião da intercessão dar uma orientação de jejum por algum caso específico que se estiver orando.
Devem evitar jejuns rigorosos os intercessores que estiverem tomando remédios e ainda os tem doenças crônicas (diabetes, hipertensão). Nestes casos, abster-se de coisas que se gosta tem tanto peso quanto o jejum de alimentos.
21 – A equipe de intercessão dá orientação ao núcleo do grupo de oração?
Não. O Núcleo do Grupo (em sua reunião), que é responsável por orar e ter o discernimento pelo andamento do grupo de oração, inclusive pela palavra a ser pregada (inspirada) no grupo.
Na reunião da equipe de intercessão, os intercessores oram pelas necessidade das pessoas do grupo de oração, pelos papéis da caixa de pedidos e por todas as necessidades do grupo devendo encaminhar para o coordenador do grupo de oração as palavras proféticas que o Senhor revelar.
22 – Como se ora pelos pedidos dos papéis?
Sugestão: Toda semana, no grupo de oração, deve ficar em lugar visível uma caixa (ou sacola)para os pedidos de oração (bem identificada). No final do grupo um dos servos da equipe de intercessão deve levá-los para a casa, para serem incluídos no dia da reunião de intercessão.
No dia da reunião, no momento de se orar pelos pedidos dos papéis ( a leitura dos papéis é de orientação de cada cidade ou diocese), os intercessores deverão impor as mãos sobre os papéis e pedir ao Senhor revelações (Palavra de Ciência, visualizações), exercitando uma intercessão profética por aqueles pedidos.
Caso se leia os pedidos, deve ser guardado sigilo pelas situações que se orou, não devendo haver comentários nem mesmo entre os intercessores fora da reunião da intercessão.
Ao término da reunião, pode se jogar água benta nos pedidos e jogá-los fora. Podem também ser queimados para manter o sigilo dos pedidos. Tenha cuidado, é claro, com o local onde os papéis serão incinerados.
É importantes se agradecer antecipadamente pelas graças já recebidas.
23 – O que é o sigilo de intercessão?
Tudo o que se ora na intercessão, que tiver sido colocado por algum servo do grupo (núcleo, música, acolhida, coordenação, etc), sacerdotes, pelos pedidos SOS papéis e for tratado na reunião da intercessão, deve ser mantido em sigilo. Muitas vezes, são situações íntimas das pessoas que não devem ser comentadas fora da reunião. É fundamental que os intercesores sejam discretos e sigilosos.
Equilíbrio no sigilo: em situações de emergência, casos de doença, acidentes, operações, etc, o responsável pela intercessão deverá procurar o coordenador do grupo de oração para dar-lhes conhecimento dessa situação. O Coordenador do grupo de oração deve saber com suas ovelhas estão. O mesmo pode acontecer com casos que o núcleo pode ajudar (desemprego). Nesses casos, o discernimento deve ser usado para se procurar algum servo que possa ajudar.
24 – Faz-se oração (atendimento) com pessoas por cura e libertação na reunião de intercessão?
Não. A Reunião de intercessão é fechada, ou seja, não participa dela quem não seja do ministério. O atendimento por cura e libertação deve ser feito em outro momento ou dia fora da reunião de intercessão. Na reunião da intercessão, ora-se por cura e libertação sem as pessoas pelas quais se oramos estarem presentes.
Quando oramos com as pessoas presentes, estamos exercendo diretamnete o ministério de oração por cura e libertação. Pode haver intercessores que exerçam também o ministério de cura e libertação, porém no momento da intercessão não se faz atendimento às pessoas.
25 – O intercessor pode também participar de outros ministérios no grupo de oração?
Sim. Tudo vai depender da abertura ao Espírito Santo do servo, pode ser que priorizemos e que exerçamos com mais poder e desembarco a intercessão, contudo não devemos nos fechar as graças que o Senhor quiser dispensar em outros ministérios.
Por exemplo: Caso o membro do ministério de intercessão faça parte também do núcleo, ele poderá, no dia da reunião de oração, conduzir a reunião, pregar, etc, se assim for discernido na reunião do núcleo.
O mesmo pode se aplicar para o intercessor na música, na acolhida, etc. Na reunião da intercessão deve-se pedir sempre que o Senhor envie operários para sua messe.
26 – Pode participar da reunião da intercessão que não é do ministério?
Não. Só participam da reunião de intercessão que é desta equipe. Eventualmente, o coordenador do grupo de oração pode participar da reunião, por ser ele responsável por toda as equipes de serviço do grupo do oração e para ver como estão caminhando as pessoas nesse ministério.
27 – Como deve ser a intercessão por eventos?
Em eventos como: tardes de louvor, rebanhão, avivamentos, Seminários de Vida no Espírito Santo, retiros, etc. a quepe de intercessão deverá ser montada com pessoas que já exercem o ministério nos grupos de oração. Assim, durante o evento haverá a intercessão em uma sala ou capela reservada para o ministério.
Os intercessores devem estar presentes nos momentos de pregação. A intercessão em local separado deverá ser resevada para momentos de cenáculos, grupos de partilha e dinâmicas.
Caso se esteja fazendo a intercessão diante do Santíssimo, deve-se fazer uma escala para que ele fique sozinho.
28 – Deve se chamar pessoas novas para atuarem no ministério de intercessão do grupo de oração?
Sim, desde que tenham sido discernidos pelo núcleo e chamados pelo coordenador do grupo. Eles serão formados pelos intercessores que já tenham uma maior caminhada no ministério. Nas reuniões da intercessão, essas pessoas irão pouco a pouco adquirindo liberdade e firmeza no ministério.
BIBLIOGRAFIA
1 – Bíblia Sagrada, São Paulo. Ave Maria. 55ª Edição.
2 – Catecismo da Igreja Católica, São Paulo. Paulinas, 1993
3 – Compêndio Vaticano II. Constituição Dogmática Lumem Gentium. Ed. Vozes, 22ª Edição
4 - Documentos 62 (CNBB): Missão e ministério dos cristãos leigos e leigas. Ed. Paulinas, 1999
5 – Secretária Paulo Apostolo. Identidade da Renovação Carismática Católica: Apostila 01. Distribuidora Paulo Apostolo. Escritório Administrativo da RCC. S.P.
6 – Secretária Paulo Apostolo. Carisma: Apostila 02. Distribuidora Paulo Apostolo. Escritório Administrativo da RCC. S.P.
7 – Secretária Paulo Apostolo. Grupos de Oração: Apostila 03. Distribuidora Paulo Apostolo. Escritório Administrativo da RCC. S.P.
8 – Secretaria Paulo Apostolo. Reconhecendo-se um intercessor: Apostila 01. Módulo Serviço. Distribuidora Paulo Apostolo. Escritório Administrativo da RCC, S.P
9 – Secretaria Paulo Apostolo. Jesus Cristo: intercessor: Apostila 02. Módulo Serviço. Distribuidora Paulo Apostolo. Escritório Administrativo da RCC, S.P
10 – Secretaria Paulo Apostolo. Permanecendo na brecha: Apostila 03. Módulo Serviço. Distribuidora Paulo Apostolo. Escritório Administrativo da RCC, S.P
11 – Vianna, Maria Lúcia. A intercessão na RCC: Manual de Orientação. Ed. Santuário. Aparecida: Santuário, 2001

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